domingo, 26 de junho de 2011

Meu peito carregado de saudade.
Quando o sono não chegar

terça-feira, 21 de junho de 2011

Vinte e

Vinte e poucos anos, quantos são os poucos? Os meus nem são, na verdade, o meu é 1. Vinte e um anos.
Parece um século. Tenho impressão de ter vivido demais, e uma leve frustração ao lembrar como pensei que seria minha vida aos vinte um. Vinte e um: um carro, um apartamento, um emprego legal. Vinte e um: casa dos pais, transporte coletivo, um emprego ruim.
Se estou triste? Não.
Vinte e um anos e muita história pra contar, e ainda mais histórias pra viver.
Posso dizer que como o destino, ou seja lá quem for que faz isso, se encarregou de escrever esses meus vinte e um anos me fez adulta bem cedo, comecei trabalhar primeiro que todos os meus amigos, e de certa forma, sempre “escolhi” o que queria fazer.
Tá que essas escolhas acarretaram uma lista quilométrica de merdas espalhadas por aí. Mas não tenho mais vergonha de nenhuma delas, foi quebrando a cara quase diariamente que me tornei essa mulher maravilhosa.
Mais um ano e chego a conclusão que preciso mudar de ares, um pouco mais de sossego em casa, de ser menos altruísta, de encontrar um novo emprego, mesmo que signifique menos grana porque quero experiência.
Um ano a mais e chego a conclusão que preciso de menos hedonismo também, encontrar equilíbrio no meio dessa bagunça que me meti sem querer..
Vinte e um anos, e na frente do espelho ainda encaro os não tão velhos olhinhos acuados, medrosos, mas vejo também uma mulher forte, segura de si. Vinte e um anos e pouco medo de deixar que o mundo enxergue quem sou.
Vinte e um anos, vinte e um anos, vinte e um... Não consigo parar de repetir e de pensar em como será. No mais, estou aqui. Que venham os vinte e poucos que estão faltando, os vinte e muitos e todo o resto!




"Quando me lembro de tudo, quando me visto de nada,
e me chove e descubro,
quanto você me esperava
eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora"

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Dormir de mãos dadas


Te amar é assistir um programa de TV bobo só pra poder ter mais o que dizer, pra participar um pouco mais das coisas que te atraem. É passar a noite em claro, tentando encontrar conforto no travesseiro pra disfarçar a saudade. Brigar por pouca coisa, ser e fazer do outro seu alvo de tensão, entender e dar gritos sem motivo. É dormir de mãos dadas. roubar o edredom, chorar de saudade. Dar a cara pra bater, o mundo bater cruelmente e você bater gostoso. É gritar sem motivo, quebrar garrafas, esconder as roupas pra você não se vestir tão cedo. Te ver partir hoje, sabendo que te verei amanhã e mesmo assim doer como se fosse ficar anos longe. Sentir paz no teu silêncio, no som da respiração, sorrir em te deixar sem fôlego. Preparar almoço na cama, deixar de comer, viver de amor. Isso! Te amar é viver de amor, por amor e cada dia um pouco mais. Te amar também é deixar de viver um monte de coisas que se parar pra pensar bem, nem vão fazer falta.
Te amar foi o que escolhi sem querer, e o que quero continuar fazendo.

Feliz dia <3 e obrigada, eu não saberia ser mais feliz que sou.

"Ali sinto tua alma a flutuar do corpo
Teus olhos se movendo, sem se abrir"
Ali, tão certo e justo e só ti sendo
Absinto-me de ti, mas sempre vivo
Meus olhos te movendo sem te abrir"