sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Preciso da mentira. Tá, mentira é uma palavra feia, tão feia que é proibida. Corrijo-me então: Preciso de verdade inventada.Pois que graça haveria na vida se soubessemos seu real propósito? Por que nos aventuraríamos se já fosse de nosso conhecimento o fim que levaria? Por que tantas perguntas se já soubessemos respotas?Então faço as perguntas, invento respostas.Me meto em caminhos novos, arrisco, a vida é curta. Por isso eu digo que não há fórmulas. Cada um faz seu caminho, suas perguntas, suas respostas .Sem essa frescura de conselhos.Se cada vida é uma vida, por que devo fazer igual a vida do outro? Se houvesse fórmula pra ser feliz, a vida seria uma merda. Não teria motivos pra arriscar, fazer diferente. Era só ler a bula e pronto! Se não houvesse desespero, como sentiríamos felicidade?Se não houvesse dor, como saberia o que era alívio?Se não houvesse luta, como saberia o que é vitória? E prever o futuro é uma verdade inventada, uma mentira baixa. Impossível saber o que vem depois de qualquer coisa ainda não feita. E também não vejo uma única razão para dizer a verdade a mim mesma, lembrando que não a conheço. Dos momentos felizes que me recordo descobri mentiras catastróficas que me levaram a vivê-los. Talvez a verdade seja tão dolorosa que não consiga trazer felicidade, pois lidar com a dor e a realidade é duro.
Preciso de mentiras que caibam dentro de seus limites, que não ultrapassem a frágil linha que as guarda, para que eu creia que são verdades. Assim não dói.
Assim não dói!
Assim não doi!
Assim não dói,
Porra!

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