terça-feira, 22 de setembro de 2009

Viver não é o tipo de atividade que me atrai.
Simplesmente não faz sentido algum levantar com o sol e me ocupar com uma série de coisas se não tenho planos para o futuro. A morte me parece algo extremamente tentador, sorte de poucos.
Morrer deve ser delicioso, um sono sem sonhos. Sentir aos poucos os fios de vida saindo do corpo, como cabelos que desbotam lentamente quando se envelhece, as vistas que ficam escuras como quando se está entorpecido, e o ar que se torna escasso gradativamente como meu fôlego de fumante.
Se eu pudesse, viveria todos os momentos de uma vez, para evitar ausência de sentimentos que não consigo ter. É, eu sinto falto de sentir. Como uma velha cética e cansada, enquanto os outros irradiam luz por aí.
Sempre me doeu não saber agir com desprezo diante das coisas. Viver sempre foi algo insuficiente para mim.

Um comentário:

Ludmilla Cardoso de Oliveira disse...

Você tbém erradia Luz por aí, não sei que luz, talvez uma azul, ou verde, mais erradia uma sim, e eu gosto, :D mais que realmente morrer deve ser um sono sem sonhos eu concordo. E deve mesmo ser bom.