terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A livraria que me trouxe.

Há muito não sentia vontade de aquietar-me, e ver o que se passava por dentro. Quando se vive numa sequência de loucuras, sorrisos vazios, noites em claro não sobra tempo pra olhar pra si mesma, e ainda que sobrasse, a alma fede, pois não descansa e suga o que há de pior nas proximidades. A alma fede, e fede muito.
Nessa manhã, entrei num refúgio aconchegante e me lembrei do que costumava fazer para ver o mundo com olhos que não os meus. As prateleiras cheias de livros, histórias falsas e outras quase verdadeiras, quis ficar ali pra sempre abrindo páginas e me encontrando em gente que não sou eu.
Acho que gosto de filmes e livros por isso mesmo, enxergar a vida de uma maneira menos niilista que a minha, ou até mais,não sei. Gosto de ver é de outra forma. Ver com meus olhos todo o tempo cansa, e cansa muito.
Quero recolher-me em mim, deixar minha alma presa no meu corpo, me sentar e ver tudo de outro jeito. Estou realmente estafada de não dormir, de sentir dor, e pior, de provocar dor em mim, de auto-destrução.
Isso não é um discurso cristão, e espero nunca fazer uma bobagem dessas, acontece que preciso mais de mim mesma, pois estive longe demais. Saber que estou voltando é incrível, aconchegante, e como todos os meus regressos, é novo.

Um comentário:

Ludmilla Cardoso de Oliveira disse...

Amiga, espero que você realmente volte. Volte a ser você daquele jeito belo ao invés desse tão perdido que realmente só mostra vazio. Dói ouvir isso? Acho que não pqe você já sabe. Fico feliz que esteja melhor, ou melhorando. Conte comigo. Espero que sua dor dimua sempre mais até se expandir em outro sentimento. Não pense que ser feliz é chato, ser feliz pelo contrário é admirável pois a felicidade não é 24h é só em instantes, é presente, é conquista. Beijo te amo.